Quando falamos em terceiro setor, dois fatores são fundamentais à sua subsistência. Um deles é a captação de recursos – que precisa ser eficiente e constante. O outro é a prestação de contas – necessária para que se consiga dar transparência a todo dinheiro que entra via captação/doação.
Enquanto que para a prestação de contas nós temos acesso a uma gama de ferramentas que podem auxiliar a gestão das organizações, como os softwares de gestão ERPs – saiba mais neste link, em relação à captação não há uma “receita de bolo” a ser seguida. Tudo depende de qual segmento você atua, quais projetos pretende conduzir e quanto de recurso será necessário para empreendê-los.
Neste artigo, vamos falar sobre captação de recursos junto ao setor público e junto à iniciativa privada, apresentando as oportunidades e os desafios que cada uma dessas modalidades apresenta.
Captar é preciso. Hoje e sempre!
Captar recursos de várias fontes é uma necessidade no terceiro setor. Isso permite que haja maior previsibilidade financeira e garante a continuidade das ações. Aliás, só é possível desenvolver projetos, pagar pessoal e manter a estrutura da organização funcionando com a entrada dos tais recursos.
Na obtenção de recursos, não foque apenas em doações. Doação é importante? Sim, claro. Mas se a instituição ficar refém disso, imagine se de uma hora para a outra os doadores parem de apoiar. As atividades param e a organização fecha. Ter uma única fonte de receita é sempre muito arriscado.
Eis a importância de também captar recursos de órgãos públicos e da iniciativa privada.
Prestar contas é obrigação
Por ser um segmento que utiliza verbas advindas de terceiros – governos, empresas e/ou pessoas físicas –, dar transparência ao uso desses recursos não é uma opção, mas obrigação, tanto para cumprir exigências legais de prestação de contas, quanto para dar transparência às operações.
Instituições sem fins lucrativos lidam com dinheiro! E aquelas que adotam boas práticas de prestação de contas conseguem aumentar seu valor social e, naturalmente, angariar mais recursos.
Sendo assim, disponibilize às partes interessadas toda e qualquer informação que julgar de interesse público, e não apenas as impostas pela legislação. Lembre-se: a transparência está entre os pontos mais sensíveis que um doador (privado ou público) utiliza antes de direcionar qualquer recurso.
Parceria com o setor público
Há muitas maneiras de captar recursos junto ao setor público, como: leis de incentivo, financiamento de projetos, parcerias e convênios. Algumas dessas formas de captação de recursos exigem aprovação de projetos, enquanto outras, não. Além disso, é importante considerar os regulamentos relacionados para cada tipo de captação e observar os critérios exigidos na prestação de contas.
Oportunidades
Há muitos pontos positivos na captação de recursos junto ao setor público. Maior visibilidade para sua organização e seu trabalho, permitindo que mais pessoas conheçam e se envolvam com ela, é um deles. Mas não para por aí. Como os recursos públicos normalmente permitem a realização de projetos em maior escala, será possível dar mais alcance e maior impacto às ações realizadas.
Além disso, recursos públicos devem ser usados para financiar projetos que atendam aos interesses da população geral. Isso trará mais legitimidade à organização que está executando tais projetos.
Finalmente, recursos oriundos de entes públicos precisam ser usados em projetos com garantias de qualidade e que atendam a bons padrões de desempenho. Isso, por si só, dará visibilidade aos projetos desenvolvidos, fazendo com que a sociedade/comunidade reconheça a relevância de sua instituição.
Pontos de atenção
O principal ponto negativo neste tipo de captação é o risco de dependência desses recursos. Se o projeto aprovado significar somas consideráveis de dinheiro, a “tentação” de não buscar outro financiador é grande. Outro problema que costuma ser apontado, mas não é regra, é a burocracia (necessária!) a ser vencida. Cabe salientar, ainda, que o setor público irá impor restrições ao uso dos recursos, o que tende a limitar a capacidade das entidades do terceiro setor atingirem seus objetivos.
Aqui, fica a orientação sempre necessária: amplie o número de seus financiadores.
Meios de captar
Fique atento a editais lançados por prefeituras, governos estaduais e governo federal. Dependendo da sua área de atuação, invista tempo em estruturar projetos que possam captar recursos via leis de incentivo. Câmara de Vereadores e Assembleias Legislativas também costumam destinar recursos/emendas a projetos que prestam relevantes serviços à sociedade. Também a depender da sua linha de ação, será possível o estabelecimento de parcerias com o poder público para o oferecimento de serviços à comunidade na qual a sua organização está inserida. Há OSCs que mantém voluntários para mapear essas oportunidades e fazer a ponte entre a organização e o setor público.
Parceria com a iniciativa privada
O terceiro setor pode captar recursos junto à iniciativa privada através de parcerias, doações e patrocínios. Parcerias podem consistir em acordos com empresas para a troca de serviços, enquanto doações e patrocínios são consideradas doações financeiras. Para atrair esses recursos, é importante que as organizações do terceiro setor apresentem um plano de trabalho detalhado com metas e objetivos claros. Isso ajudará as empresas a entenderem como seu investimento será usado e como ele pode contribuir para seus objetivos. Além disso, as organizações do terceiro setor também podem usar as mídias sociais para divulgar seus projetos e angariar recursos junto à iniciativa privada.
Oportunidades
Uma das principais vantagens da captação de recursos junto ao setor privado é a possibilidade de obter recursos sem a necessidade de aplicar em projetos de longo prazo. Ao contrário do que pode ocorrer com alguns financiamentos governamentais, recursos obtidos na iniciativa privada podem ser usados para projetos de curto prazo, permitindo que a organização se adapte rapidamente a mudanças de cenário. Além disso, o setor privado pode fornecer recursos para projetos que não são elegíveis para financiamento governamental, permitindo ao terceiro setor explorar novas áreas.
Outra vantagem é que o financiamento do setor privado costuma ser menos burocrático, o que torna mais fácil a obtenção dos recursos para os projetos. Finalmente, o financiamento do setor privado também pode ajudar a estabelecer parcerias duradouras entre o terceiro setor e as empresas, criando relações de confiança e colaboração – o que no setor público é mais difícil de acontecer.
Pontos de atenção
Um dos pontos negativos da captação de recursos nessa modalidade é que, em alguns casos, pode haver falta de controle e transparência na condução das negociações. Não necessariamente terá um edital a ser seguido. Além disso, existe o risco de privilégios e vantagens serem concedidos a quem contribui com recursos, fora que algumas empresas podem fazer exigências não tão éticas de favorecimento. Outro ponto negativo é que, como as empresas privadas têm interesses comerciais, elas podem querer usar as ações do terceiro setor para fins próprios, gerando conflitos de interesse.
Para que isso seja evitado, capriche na seleção das suas parcerias.
Meios de captar
Uma das maneiras mais eficazes é por meio de doações de empresas e pessoas físicas. Outra maneira é através de iniciativas de crowdfunding, que permitem que pessoas colaborem financeiramente para projetos específicos. Outra possibilidade é a “boa e velha” venda de produtos e/ou serviços.
Não fique refém de uma única fonte de receita
Imagine que sua organização do terceiro setor recebe provimentos oriundos de parcerias com o Estado (30%), doações (20%), vendas de produtos (20%), parcerias com empresas (15%) e realização de seminários (15%). Em um dado momento, o Estado decide deixar de contribuir. O esforço em tapar o buraco que ficou (30%) será mais leve do que se ela estivesse 100% dependente dele.
Por isso, sempre diversifique as fontes de receitas. Buscar parcerias públicas e privadas é um caminho importante se você, dentro disso, também diversificar. Por exemplo, fazendo parcerias com variados entes públicos e diversas empresas. Nunca dependa de poucos doadores. Quanto mais fontes, melhor.
Preste contas com eficiência
O ERP WK Radar traz funcionalidades específicas para o terceiro setor. A ferramenta conta com funcionalidades que permite, por exemplo, a estruturação dos planos de contas contábil e gerencial de acordo com as particularidades de cada financiador. Há, ainda, controles patrimonial e orçamentário, além da geração de diversos relatórios de acompanhamento.
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Tags: captação de recursos, prestação de contas, terceiro setor
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